Happening... \o/

Quebrando o jejum de postagens deste blog, queria dividir com o caro leitor um acontecimento muito significante dos dias que correm.

Nem todos sabem dos desafios que é fazer/produzir/trabalhar com/pensar cultura e expressões artísticas. E isto talvez seja bom, porque, francamente, ao público não importa especificamente os desafios e as renúncias a que muitas vezes nos entregamos de bom grado e voluntariamente em prol da arte que fazemos, seja ela boa ou má. Sem juízos de valor.

Como escreveu Camões, “é querer estar preso por vontade”.

Muitas vezes, faz-se algo sem pensar em aclamação. Muitas vezes, passa-se uma vida sem um sequer parabéns — quantas almas gentis amigas partiram desta vida descontente sem ver a luz de seu trabalho germinar nos corações dos homens? Nem uma fagulha... nada! E, no entanto, a Vida — este organismo que nos transcende em eras e eras e elementos — se encarrega de lhes atribuir o merecido prêmio mais cedo ou mais tarde, por meio de outras gerações e outros pensamentos.

Ilusionismo é, sem dúvida — pelo menos pra mim, esta “mãe coruja” (rsrsrsrs) — um projeto cheio de felizes acontecimentos. Grandes ou pequenos, não importa: eles estão aí, tomando forma... As pessoas vêem, as pessoas entendem, as pessoas não entendem, as pessoas questionam, as pessoas xingam, as pessoas se maravilham... As pessoas trazem de si significados novos ao curta...

Lembro-me bem do dia em que fui ao cinema e, vendo uma fila quilométrica para entrar na sessão, pensei que, talvez, fazer cinema fosse uma forma legal de dividir sonhos, anseios, angústias... e que bom seria se essas neuroses fizessem sentido a alguém. E é por isso que, quando alguém transmuta seus sentimentos em outra forma de expressão artística a partir de Ilusionismo, acredito sentir como se ganhasse na loteria.

É, Pessoa... realmente, tudo vale a pena...